Finalmente decidi assistir Cars 2 ontem, a última animação da Pixar. Embora seja muito fã de animações, o primeiro filme da série não me agradou e, portanto, deixei passar quando saiu no cinema.

Vocês podem imaginar a minha surpresa, portanto, quando os carros vão a Paris e, no segundo em que chega, rola uma sequência (lindíssima, inclusive) com os cartões postais da cidade ao som de uma voz conhecida. Em dois segundos de música concluí: "É o Bénabar!".

Corri pro computador para confirmar a minha suspeita e acabei achando a música, foi feita para especialmente para o filme, e que se chama Mon coeur fait Vroum.



E para quem quiser ver a sequência que abre a parte em Paris:

Depois de mais de 3 anos desde o último disco, a irreverente e provocativa cantora francesa Anaïs finalmente anunciou o seu terceiro disco.

O site oficial da moça ainda não divulgou informações detalhadas sobre o novo trabalho, mas eu já soube que, aparentemente, a cantora fará releituras de clássicos dos anos 20 aos anos 40. Parece bem promissor.

Ela já tem datas marcadas para turnê pela França a partir de março do ano que vem e o seu show em Paris, que acontecerá no dia 09 de maio, já tem ingressos à venda. Eles custam entre 30 e 38 euros e, para comprar, é só clicar aqui.

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Com esse papo, acabei me lembrando que, em 2009, quando ganhei o The Love Album, último disco da Anaïs, eu ouvi um bilhão de vezes a música Si j'avais su que notre amour. Ouvi tanto, na verdade, que a Fernanda, que dividia apartamento comigo, decorou o refrão.

E é óbvio que, enquanto escrevia este post, viciei na música de novo!

Sim, chegou aquela época de fazer listas.

Para quem quer relembrar, a tradição da lista de melhores do ano começou em 2009, quando escolhi os melhores discos de música francesa da década.

Ano passado, não lembro o porquê, mas não postei os melhores (e vou corrigir isso em breve, fazendo um post com as melhores músicas de 2010) mas, em compensação, postei em março as 10 melhores músicas francesas de todos os tempos.

E 2011 foi bastante frutífero para a produção musical francesa, portanto, merece uma lista bem pensada. Teve disco novo de Bénabar, Alain Souchon, Coeur de Pirate, Camille, Claire Denamur, Thomas Doutronc, Laurent Voulzy, homenagem a Gilbert Bécaud e até disco de Natal de Michel Legrand. Aí embaixo vocês podem conferir uma lista das melhores músicas lançadas na minha opinião, é claro.

E o motivo pelo qual decidi ilustrar este post com o rosto simpático da Coeur de Pirate é simplesmente porque eu acho que ela brilhou um pouco mais forte e mais alto no céu estrelado da música francesa.

01. Saint-Laurent - Coeur de Pirate (Blonde)



02.Politiquement Correct - Bénabar (Le Bénéfices du Doute)



03. She won't trade it for nothing - Keren Ann (101)



04. Mademoiselle Liberté - Vincent Liben avec Berry (Mademoiselle Liberté)



05. Le jour et la nuit - Alain Souchon (À cause d'elles)



06. Bang Bang Bang - Claire Denamur (Vagabonde)



07. Les chiens ne font pas des chats - Ludivine Sagnier et Rasha Bukvic (Les Bien-Aimés)



08. La France - Camille (Ilo Veyou)



09. Julien Doré - Kiss me Forever (Bichon)



10. Jeanne - Laurent Voulzy (Lys and Love)



Faixa Bônus: Maya Barsony - Poing Virgule (Monter Amoureuse)



Veja também

- As músicas francesa mais românticas
- As melhores músicas francesas de 2010
- As melhores músicas francesas da década
- As melhores coletâneas de música francesa

Como ainda estou apaixonada pelo disco do André Manoukian, o mesmo que eu falei hoje mais cedo aqui no blog, a Chanson de Lundi é uma música do disco que não apareceu no post (não deixem de ler e ouvir as músicas!).

A escolhida é a versão do duo Cocoon para This guy's in love with you. Boa semana!

Procurando novidades sobre a cantora Camélia Jordana, descobri um disco que passou por mim completamente desapercebido e que adorei de imediato.

Trata-se de uma compilação de standard jazz produzida pelo músico e jurado do concurso Nouvelle Star (que revelou Julien Doré e a própria Camélia) André Manoukian. O álbum, entitulado de So in Love, foi lançado em 2010 e tem a participação de cantores franceses que este blog simplesmente adora, como Emily Loizeau, Anaïs, Helena Noguerra, o duo Cocoon e, claro, a já mencionada Camélia Jordana.

De cara, o disco já traz, na segunda faixa, uma versão linda e renovada de Cheek to Cheek, composta por Irving Berlin e imortalizada no dueto de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong. No disco, Anaïs quem canta e dá um ar refrescante para esse grande clássico do jazz e, embora a responsabilidade seja enorme, a moça não faz feio.



Anaïs também canta Crazy.



Já Camélia Jordana é responsável por interpretar o clássico What a wonderful world, de Louis Armstrong.



Loane ficou com a difícil tarefa de cantar Every time we say goodbye, do grande Cole Porter. Eu sou suspeita para falar, porque esta música sempre me emociona e, embora Loane opte pelo caminho seguro em "(...)from major to minor" (no qual Ella Fitzgerald não deixa pra ninguém e arrasa os vocais, como era de seu feitio), gostei muito da versão.



E Emily Loizeau encerra este post com o clássico Tea for Two.

A cantora Shakira está lançando um DVD novo, o Live From Paris. Normalmente, um lançamento como este passaria desapercebido por este blog, não fosse o fato de que Shakira cantou na apresentação um cover do grande sucesso Je l'aime a mourir, de Francis Cabrel.

Não sei se vocês lembram, mas eu já falei desta música num post antigo aqui (vale a pena reler esta notícia curiosa, aliás).

Na sua versão, Shakira canta em espanhol e em francês. Vejam abaixo.



Update (03/01/12) 
 Acabo de encontrar a versão oficial do DVD, com as imagens muito melhores:

Primeiro eu quero falar da decoração de Natal do blog, que foi feita carinhosamente por Vincent Lefebvre, ilustrador oficial do blog, e que ficou tão linda. Obrigada, Vincent, pela gentileza de tirar uma tarde das suas férias para fazer este mimo para o Sob o céu de Paris.

E agora eu quero desejar a todos um Feliz Natal para os leitores e para as suas famílias!

Claro, como este é um blog de música, não poderia faltar uma pequena seleção. Lembra que eu tinha falado do disco de Natal do Michel Legrand? Pois é, a seleção vem deste disco, que eu ouvi com cuidado esta semana e selecionei as minha favoritas.

Para quem quiser ler mais sobre o assunto, é só entrar no Conexão Paris e ler o novo post que eu publiquei lá.

Um grande amigo meu, o francês Benoit Loncan, decidiu fazer alguns registros da cidade onde mora com experimentações em light painting. O resultado ficou tão legal que eu achei necessário compartilhar aqui com vocês.

Para acompanhar estas fotos tão lindas da Cidade-Luz, uma musiquinha.

Foto 01

Foto 02

Foto 03

Foto 04

Foto 05

Update: Decidi que vou imprimir uma destas fotos para sortear no Twitter e no Facebook.

Para isso, peço que vocês votem nos comentários na sua foto preferida. Votem pelo número!

A chanson de Lundi de hoje é uma dica preciosa da leitora Denise Fujimoto. Trata-se de uma versão de Couleur Café cantada por Luciana Mello e o cantor Corneille e lançada no último disco de Luciana, em setembro deste ano.

Infelizmente, não achei em lugar nenhum um player com a versão do disco para imbutir aqui no blog, mas vocês podem clicar aqui e ouvir a canção na íntegra.

Ou então ver o vídeo abaixo, com Luciana cantando ao vivo em dueto com o charmoso Jairzinho, responsável pelo belo arranjo. Adorei!



Para quem não se lembra, Couleur Café é um dos primeiros dos grandes sucessos de Serge Gainsbourg:

O novo filme do diretor Martin Scorsese conta a história fantástica de Hugo Cabret, um órfão que mora em uma estação de trem e busca desvendar um segredo deixado pelo seu pai. Clique aqui para ver o trailer.

A cantora Zaz foi convidada a fazer parte da trilha sonora do filme com a música entitulada Coeur Volant que você pode ouvir no player abaixo.

Cheguei ontem de Paris e trouxe na mala algumas surpresinhas para sortear para vocês pelo Twitter.

Uma delas é o CD mais legal do ano: o Blonde, da amada Coeur de Pirate que eu vou sortear no dia 24 de dezembro.

Para participar, é super fácil! Basta acessar o twitter com a sua conta (ou criar uma para você) e retuítar a seguinte frase:

Quero ganhar o CD novo da Coeur de Pirate que o Sob o céu de Paris vai sortear: kingo.to/VH9 !

Nem precisa seguir o Sob o céu de Paris no Twitter. Só tuítar já garante a sua participação. Claro, se quiser seguir, pode! E quem quiser aproveitar e dar um Like na página do blog no Facebook, pode também!!

Quem visita frequentemente o blog deve ter notado que eu dei uma mudada no visual, aplicando duas colunas laterais, ao invés de uma só. Também mudei a largura das coisas para tudo ter um pouco mais de espaço. Quem só usa laptop, provavelmente, vai sentir mais a diferença, já que a tela menor tende a não ter espaço para o blog todo.

Mas o que eu queria mesmo falar neste post é sobre uma transformação sutil mas que, para mim, tem um significado enorme: a retirada do player fixo aqui do blog. Não sei se todo mundo sabe, mas este blog começou em maio de 2008 para dar apoio a um programa de web rádio semanal que ia ao ar na Pelo Mundo.

Foi assim durante dois anos até, em 2010, as atividades com a Pelo Mundo darem uma freiada. Eu digo isso porque considero com a minha colaboração com eles ainda ativa, embora não operacional, no momento. A Michelle Bruck, diretora artística da rádio, é uma grande amiga que ajudou muito o meu sonho (que vem lá de 2003, quando comecei a discotecar) de falar sobre música francesa para um número maior de pessoas.

No entanto, o player, assim como aquela velha torre Eiffel rosa choque, teve que desaparecer. Sim, porque não fazia mais sentido ter um player com um programa que foi ao ar pela última vez em janeiro de 2010, né? Resolvi desapegar da época em que tudo começava com "Bonjour, eu sou a DJ Penélope e este é mais um Sob o céu de Paris". Quem sabe um dia volta? Nunca se sabe mas, no momento, decidi abraçar esta outra história de colocar música somente nos posts para vocês curtirem e ouvirem em casa e se sentirem um pouco às margens do rio Sena. E isto não mudou e não vai mudar enquanto este blog existir.

Tudo, no mais, continua o mesmo.

E, para terminar, vai aí embaixo um player com a música que abriu a primeira vinheta do primeiro programa.

E agora eu prometo que paro com a nostalgia!

A chanson de Lundi de hoje é com Claire Denamur cantando o grande sucesso do seu primeiro disco: a deliciosa In the mood for l'amour.

Para vocês começarem a semana mais inspirados!

Andando ontem de metrô, me deparo com a propaganda de Natal da Galeria Laffayette. E no anúncio, ninguém menos que Iggy Pop.

Procurei no google e achei um teaser com a voz da iguana convidando as pessoas para a famosa loja de departamento francesa. Quem diria que chegaria o dia em que Iggy Pop posaria de Papai Noel para um santuário do capitalismo.


Com isso, lembrei de duas colaborações de Iggy Pop com artistas franceses. A primeira, minha preferida, é I'll be seeing you, em dueto com Françoise Hardy. E a segunda faz parte do disco de Lulu Gainsbourg.

Como eu já tinha postado aqui, ontem fui ver Memory, o novo espetáculo de Vincent Delerm.

É a primeira vez que eu vejo Delerm ao vivo e, portanto, estava muito animada e cheia de expectativa. E ele não decepcionou. O espetáculo faz uma temporada este ano no Les Bouffes du Nord, um anfiteatro extremamente charmoso que fica perto da estação de La Chapelle e, embora fique em Paris, parece mais uma máquina do tempo que se transporta à Inglaterra de Shakespeare.

Vincent começa o espetáculo entrando no palco escuro e ele mesmo acende as luzes. Como eu já tinha lido no release, a peça é exatamente o que ela se diz ser: Vincent usa o espetáculo teatral como desculpa para apresentar novas canções.

A peça abre com a voz de Woody Allen que apresenta um personagem envolto por uma nuvem de nostalgia. Provavelmente, a escolha de Woody Allen muito tem a ver com o fato do assunto da peça, a nostalgia, ser exatamente o assunto tratado no último filme do diretor e, se formos pensar bem, com toda a obra dele.

Durante todo o espetáculo, Vincent, no papel do personagem Simon, canta 8 músicas inéditas e, dentre elas, pelo menos 5 são muito boas, melhores do que as que ouvimos no último disco do cantor. Além de cantar, ele dança, conversa, faz críticas, joga tênis, faz malabarismos com bolas de fluor e até anda de bicicleta no palco, sempre acompanhado do multi-instrumentista Macha Mekeïeff Nicolas Mathuriau*. Este último, um tipo de Sancho Pança do personagem Simon, tem papel super importante na apresentação atuando como músico (ele toca cravo, teclado, bateria e xilofone) e coadjuvante das esquetes engraçadas escritas por Delerm.

Vincent fala da vida, fala do amor, fala da França e da vida cotidiana. O espetáculo é doce, comovente e engraçado e, embora eu nem seja tão fã de teatro, saí de lá com um sorriso no rosto. E não é por se tratar de um dos meus preferidos da chanson française, mas sim porque ele apresenta um show verdadeiramente honesto, trazendo o público para o seu mundo e nos fazendo envolver por ele. 

Delerm se apresenta no Les Bouffes du Nord até o dia 30 de dezembro (clique aqui para comprar os ingressos) e, depois, parte em janeiro para outras cidades francesas. O espetáculo já tem datas marcadas até abril do ano que vem. Recomendo.

* Errata: Macha Mekeïeff é colaboradora da peça, e Nicolas Mathuriau é o acompanhante no palco.

A nossa querida Berry, de quem já falei muitas vezes aqui no blog e até viajei para São Paulo para vê-la cantar, anunciou um disco novo.

O trabalho será lançado em março de 2012 e ainda não tem título, mas já tem um pedaço de um single promocional. Pelo que dá pra ouvir, ela segue a mesma linha do disco anterior, sem decepcionar.

Vamos ouvir? Só consegui achar este pequeno extrato de Si c'est la vie, mas já dá um gostinho do que vem por aí.

Li em algum lugar que o nome artístico Berry faz referência ao lugar de nascença da polêmica escritora George Sand, que foi amante de Chopin.

E, por falar em Chopin, que é um dos meus preferidos, fiquei com vontade de compartilhar com vocês uma de suas incríveis composições.

Estou pensando em usar o Grooveshark a partir de agora para dividir as músicas com vocês, mas só serve pra mim se todo mundo puder ouvir.

Quem não tem conta lá consegue ouvir a música abaixo?

Conforme eu prometi na página do Sob o céu de Paris no Facebook, posto finalmente a minha ida ao show do Bénabar semana passada.

Como eu já tinha postado aqui, Bénabar fez um concurso através da sua newletter que sortearia um ingresso (e somente um, não um par) para assistir a um show exclusivo na sede da Sony Music em Paris na última quarta-feira.

E eu não ganhei. No entanto, tenho a sorte de ter um melhor amigo que trabalha em uma empresa que vende música online aqui em Paris e ele foi convidado para a apresentação do novo disco do Bénabar e, claro, me convidou.

O show estava marcado para as 18h30 e acho que atrasou mais ou menos uma hora. A sede da Sony fica numa avenida Hausmaniana chamada Châteaudun, perto da linha 12, em um prédio muito chique que tem um saguão bem grande e perfeito para show pequenos. O palco foi montado lá e devia ter em volta de 150 pessoas presentes neste concerto exclusivo.

Como vocês podem ver na foto ao lado, pude ficar na primeira fileira já que não havia muita gente. E logo vi pela playlist colada no chão que seria um show curto com apenas 09 músicas.

Bénabar abriu com Politiquement Correct e seguiu com L'agneau, duas faixas do seu último disco, o Les Bénéfices du Doute, que foi lançado ontem aqui na França.

Depois disso, tocou uma conhecida do público, a gostosa L'effet papillon, faixa lider do seu penúltimo disco, o Infréquentable, e seguiu com La phrase qu'on a pas dite, quarta faixa do Les Bénéfices.

A banda, composta de oito pessoas, parecia se divertir até mais que o público, dançando o tempo todo junto com Bénabar. Eu mesma que não sou muito de dançar, fiz questão de tirar um pouco o pé do chão diante de tanta passividade do público francês. Depois veio a nova Les Râteaux, seguida pela velha conhecida Y'a une fille qui habite chez moi, que encheu o ambiente de energia com a banda no palco pulando e sorrindo e com o coro das charmosas e cheias de estilo backing vocals do cantor:

Foto: Henrique Fares

Depois ele cantou Quatre Murs Et Un Toit, do Reprise Des Négociations e fechou com a deliciosa Après de prés, também do novo disco. Daí a banda, composta por 8 pessoas, além de Bénabar, se retirou do palco para logo depois voltar e fazer o bis cheio de energia com Le Dîner. 

Eu postei lá no Conexão Paris o meu encontro com o Benjamin Biolay e, nos comentários, uma das leitoras falou no ótimo disco Salle de pas perdus, da irmã dele, Coralie Clément.

Daí lembrei que um amigo meu me explicou que salle de pas perdus, além do significado literal que quer dizer sala dos passos perdidos, também é como os franceses chamam as salas de espera de espaços públicos. Se chamam assim devido ao fato das pessoas, sempre que esperam de pé, tem a tendência de andar impacientes de um lado para o outro, e daí vem os chamados pas perdus.

Por serem normalmente localizadas em lugares que geram emoção, como salas de espera de tribunais de justiça e estações de trem, o nome fica ainda mais poético, já que é onde as pessoas normalmente aguardam por eventos que são importantes em suas vidas.

Por causa desta lembrança, a Chanson de Lundi desta semana é com a Coralie, que não lança um disco desde 2009. A que eu escolhi é Ces matins d'été mas recomendo que, se você gostou da escolha essa semana, escute o disco todo, ele é maravilhoso.