Sunset Haiti

janeiro 30, 2010

Eu sei que está em cima da hora, mas quem estiver em Belo Horizonte hoje, vou discotecar em um evento no Café com Letras que vai arrecadar dinheiro para ser doado pro Haiti (a ex-colônia francesa mais pobre de todas, aliás, se tem uma coisa que os franceses não souberam fazer direito foi colonizar país, né?).


O evento terá DJs entre 14h de sábado e 01h da manhã de domingo e o meu horário é entre 20h e 21h. Será cobrado um couvert de R$ 2,00 (sendo que quem quiser doar mais do que isso, também pode!) e todo o dinheiro arrecadado será doado para a conta do Haiti no Banco do Brasil. Está todo mundo convidado.

Serviço

Local: Café com Letras (R. Antônio de Albuquerque, 781, Funcionários)
Hora: de 14h do dia 29/01 a 01h do dia 30/01
Preço: R$ 2,00

Animações francesas

janeiro 26, 2010

A França tem uma certa tradição de animação e, atualmente, conta com um número considerável de ótimos profissionais nessa área. De uns tempos para cá, tenho notado uma tendência nos videoclipes de música pop francesa: o de usar a animação e motion graphics. Eu me arriscaria a dizer que 50% dos novos e promissores nomes da música francesa lançou do meio da última década para cá, pelo menos um videoclipe animado.

Pensando nisso, fui fazendo uma lista dos últimos videoclipes que eu vi que, de uma forma ou de outra, usavam alguma técnica de animação e notei que a lista era grande e muito divertida.

Carla Bruni




Emily Loizeau (reparem na referência ao quadro do Manet logo no começo)



Berry: http://www.youtube.com/watch?v=Mdak04rzMRs&feature=channel

Dyonisos (esta banda tem vários)






Thomas Dutronc




Philippe Katerine



Moi non plus

janeiro 24, 2010

O primeiro (e único) choque que tive ao ver "Gainsbourg (vie héroique)" de Joan Sfarr, tirando o título estúpido entre parênteses, foi a quantidade de público no cinema. Os franceses dificilmente saem de casa para ir ver um filme francês, ainda mais no fim de mundo onde eu vivo. A sala estava cheia (e considerando que era domingo de tarde e que o filme dura duas horas e meia) e a faixa etaria era impressionantemente jovem.

Guardando as devidas proporções, Serge Gainsbourg foi para a França nos anos 60/70/80 o que o Nelson Rodrigues foi para o Brasil nos 40/50: um feio tarado. Ambos falavam de sexo de maneira crua e sobretudo, os dois provocavam. Provocavam muito.... E nao eram anjos.

Antes de começar o massacre, vou logo falando: o filme é bom sim. Vale a pensa ser visto. Mas nao é uma narratival biográfica revolucionária pela linguagem poético-musical... É apenas mais um filme pretensioso que mistura diversas mídias mas acaba sendo mais uma cinebiografia.

A fotografia, a iluminação e o desempenho dos atores é excelente. O tal do Eric Elmosnino está realmente idêntico... O cenário e a reconstituição das diversas epocas é super bem cuidado. E a música concentra-se nos maiores hits de Serge Gainsbourg e de suas diversas musas. Então, alguns podem pensar: trata-se de um filme mais ou menos como "La Môme".... Nao, não é bem assim.

Há momentos hilários, como a apresentação de uma France Gall meio tonta, meio estúpida (e segundo a própria, era mesmo). Agora a história em si peca pois não decola, fica no meio do caminho: o diretor havia dito que não teria nenhum compromisso com a verdade histórica. E ao mesmo tempo, so as verdades históricas que permeiam todo o filme: a ocupação alemã, o inicio com Boris Vian (representado pelo fantástico Phillippe Katerine), a mulherada, o alcóol.... E que chatice: desde criança o personagem é perseguido pelo seu futuro alter ego Gainsbarre... Não precisva disso, o filme demora a decolar, mesmo com a participação do pessoal do Dyonisos como banda de fundo.

O fato de ser provocador, de ter se tornado um ícone nos anos 60 e de ter feito parte das diversas mudanças durante o final dos anos sessenta é deixado absolutamente de lado. A provocação só é vista no final do filme, e mesmo aí o cantor é descrito como alguém quase inocente: ora, ele era um provocador, sabia muito bem onde estava se metendo - a cena em que ele chora ao ler uma crítica na qual ele é descrito como um anti-semita é ridícula.

O filme acaba com o diretor se justificando textualmente, o que tambem era totalmente desnecessário: novamente, o diretor diz que não tinha compromisso com a verdade sobre Gainsbourg, mas sim com a mentira. Convenhamos: todos nos vimos Inglorious Basterds e ninguem viu o Tarantino dizendo que a obra era ficção. Além disso, o proprio Gainsbourg, enquanto diretor, nunca justificou nada a ninguém. Falha terrível...

O diretor, habitualmente conhecido por um extenso e primoroso trabalho com quadrinhos, erra ao achar que as transposições de mídia e os diálogos são possíveis sempre. Nao são.

No Brasil, havia aquela classificação do bonequinho, sentado, levantando e de pé, aplaudindo. O bonequinho não vai se levantar. Et moi non plus.

Playlist 18 de janeiro

janeiro 22, 2010

Bloco 01


01. Sob o céu de Paris - Ivon Cury
02. Je vais à pied - Yves Montand
03. Boum - Geoges Brassens

Bloco 02

04. Les étoiles - Melody Gardot
05. Je t'ai même pas dis - Vincent Delerm
06. Solitaires - Thomas Dutronc (avec Marie Modiano)
07. Chanson pour les mois d'hiver - Isabelle Boulay

Bloco 03

08. Mon automobile - Berry
09. J'ai menti - Les têtes raides
10. Reste - Jamait
11. Le train de 10h03 - Orlane Paquim

Bloco 04

12. Les amis de George - George Moustaki
13. Les cigarrillos - Serge Gainsbourg
14. La madrague - Brigitte Bardot


2010

janeiro 19, 2010

Para quem não aguentava esperar, finalmente está online o primeiro programa de 2010! Êêêê!


Este programa me deixou muito animada de fazer por causa da primeira música dele, que eu venho procurando para colocar no Sob o céu há décadas e só achei agora em uma coletânea meio tosca lançada pela Sony. Quem quiser ouvir pelo player do blog, o programa já está disponível, mas quem quiser ouvir pelo player do seu próprio navegador, pode clicar nos links abaixo. Para facilitar a vida de vocês (e carregar mais rápido em internets com velocidades menores) o programa, como sempre, vai dividido pelos seus blocos:


E para aqueles que ficaram com saudade da cena da Bela e a Fera que eu citei no programa de hoje, segue abaixo o meu pedaço preferido do filme (e a cena em que Ivon Cury canta).


E pode deixar que daqui a pouco eu posto a playlist.

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